quarta-feira, 7 de abril de 2010

A Química da Paixão


Bem, desde os primórdios o ser-humano se sente compelido a explicar tudo. E isso inclui sentimentos como paixão e amor.

Recentemente, estudos vêm demonstrando que a paixão resulta de transformações químicas intensas em nosso cérebro. Em com isso foi levantada a hipótese de num futuro próximo ser possível quimicamente se atenuar a dor de uma separação ou se provocar a paixão no momento em que se quiser.

Esse sentimento que é comparado à loucura, que nos tira a razão, tem características de um vício. Ele ativa partes do cérebro relacionadas aos “circuitos de recompensas”, ou seja, aquilo que nos incentiva a obter prazer como doces, jogos de azar ou a pessoa amada. É por isso que o rompimento de um relacionamento pode causar uma espécie de crise de abstinência em comparação à causada por uma droga.
A pesquisa identificou algumas substâncias responsáveis pela paixão-amor: dopamina, feniletilamina e ocitocina. Tais elementos são comuns no corpo humano, porém na fase inicial de um relacionamento são encontrados todos juntos causando um “furacão”.
Verificou-se, também, que em casais recentes estavam ativadas regiões do cérebro ligadas à obsessão e ansiedade, emquanto que em casais de longa data estavam ativadas áreas ligadas à calma.

Existe um limite de tempo para que homens e mulheres sintam os efeitos da paixão? Segundo tais estudos, em geral as transformações químicas que causam a paixão não duram muito. Elas persistem por cerca de dois anos. Depois desse tempo o organismo se torna resistente a tais substâncias e seus efeitos e gradualmente a loucura vai passando.
Mas isso não significa que depois desse tempo os relacionamentos estão fadados a acabar. Passada a fase da paixão os casais enfrentam uma dicotomia: ou se separam ou se habituam a uma manifestação mais branda de sentimentos: o amor, que envolve companheirismo, afeto e tolerância. E assim permanecem juntos. É nesse momento que a paixão se transforma em amor, um sentimento mais pleno e menos urgente.

Bem, fica explicado quimicamente que é normal a paixão esfriar, por mais que a gente não queira. E que a dor de um rompimento vai passar assim que a química cerebral acabar. E que estaremos de coração....e cérebro....livres pra começar tudo de novo, ou melhor ainda, viver então um grande amor.



Referências: Revista Época de 08/01/2010 e o artigo “fisiologia da paixão” no sítio http://www.afh.bio.br

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